domingo, 25 de outubro de 2009

O que dizer (ou Não) para a namorada na TPM




Suicídio: O que tem pro jantar?  
Perigoso: Posso te ajudar com o jantar? 
Seguro: Onde vc quer ir jantar?
Super Seguro: Aqui, come esse chocolate

Suicídio: Vc vai vestindo isso?  
Perigoso: Nossa, vc fica bem de marrom
Seguro: Uau! Ta uma Gata!
Super Seguro: Aqui, come esse chocolate



Suicídio: Ta nervosa por quê?
Perigoso: Será que não estamos exagerando?  
Seguro: Toma 100 reais
Super Seguro: Aqui, come esse chocolate



Suicídio: Será que vc devia comer isso?
Perigoso: Sabe, ainda tem bastante maçã  
Seguro: Quer um copo de vinho pra acompanhar?
Super Seguro: Aqui, come esse chocolate


Suicídio: O que vc fez o dia todo? 
Perigoso : Espero que não tenha trabalhado de mais hoje  
Seguro: Adoro quando vc veste esse pijama!
Super Seguro: Come mais um pouco de Chocolate.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aos Meus Herois

Julinho Marassi & Gutemberg

Faz muito tempo que eu não escrevo nada,
Acho que foi porque a TV ficou ligada
Me esqueci que devo achar uma saída
E usar palavras pra mudar a sua vida.

Quero fazer uma canção mais delicada,
Sem criticar, sem agredir, sem dar pancada,
Mas não consigo concordar com esse sistema
E quero abrir sua cabeça pro meu tema

Que fique claro, a juventude não tem culpa.
É o eletronic fundindo a sua cuca.
Eu também gosto de dançar o pancadão,
Mas é saudável te dar outra opção.

Os meus heróis estão calados nessa hora,
Pois já fizeram e escreveram a sua história.
Devagarinho vou achando meu espaço
E não me esqueço das riquezas do passado.

Eu quero “a benção” de Vinícius de Morais,
O Belchior cantando “como nossos pais”,
E “se eu quiser falar com...” Gil sobre o Flamengo,
“O que será” que o nosso Chico tá escrevendo.

Aquelas “rosas” já “não falam” de Cartola
E do Cazuza “te pegando na escola”.
To com saudades de Jobim com seu piano,
Do Fábio Jr. Com seus “20 e poucos anos”.

Se o Renato teve seu “tempo perdido”,
O Rei Roberto “outra vez” o mais querido.
A “agonia” do Oswaldo Montenegro
Ao ver que a porta já não tem mais nem segredos.

Ter tido a “sorte” de escutar o Taiguara
E “Madalena” de Ivan Lins, beleza rara.
Ver a “morena tropicana” do Alceu,
Marisa Monte me dizendo ”beija eu”
Beija eu, Beija eu Deixa que eu seja eu
Beija eu, beija eu deixa qe eu seja eu

O Zé Rodrix em sua “casa no campo”
Levou Geraldo pra cantar no “dia branco”.
No “chão de giz” do Zé Ramalho eu escrevi
Eu vi Lulu, Benjor, Tim Maia e Rita Lee.

Pedir ao Beto um novo “sol de primavera”,
Ver o Toquinho retocando a “aquarela”,
Ouvir o Milton “lá no clube da esquina”
Cantando ao lado da rainha Elis Regina.

Quero “sem lenço e documento” o Caetano
O Djavan mostrando a cor do “oceano”.
Vou “caminhando e cantando” com o Vandré
E a outra vida, Gonzaguinha, “o que é?”

Atenção DJ faça a sua parte,
Não copie os outros, seja mais “smart”.
Na rádio ou na pista mude a seqüência,
Mexa com as pessoas e com a consciência.

Se você não toca letra inteligente
Fica dominada, limitada a mente.
Faça refletir DJ, não se esqueça,
Mexa o popozão, mas também a cabeça.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Depois de Algum Tempo

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dara mão e acorrentar a alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se,e que companhia nem sempre significa segurança. E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com graça de um adulto e não a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair meio em vão."

"Depois de algum tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo. E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importam quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo (a) de vez em quando, e você precisa perdoa-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos."

"Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm muita influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se chegar aonde está indo, mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados."

"Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas pessoas que o ajudam a levantar-se. Aprende que a maturidade tem mais a ver com tipos de experiências que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais de seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva, tem direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama mais do jeito que você quer não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, e que algumas vezes, você tem que aprender a perdoar a si mesmo."

"E que, com a mesma severidade com que julga, será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára, para que você
junte seus cacos. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E vocêaprende realmente que pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir mais longe, depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor diante da vida !

Shakespeare

Aprendi

Aninha
Aprendi...
Que amores eternos podem acabar em uma noite;
Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos;
Que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei;
Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno; Que nunca conhecemos uma pessoa de verdade,
afinal gastamos a vida inteira para conhecermos a nós mesmos;
Que confiança não é artigo de luxo, e sim de sobrevivência;
Que os poucos amigos que te apóiam na queda são muito mais fortes do que os muitos que te empurram;
Que o " nunca mais" nunca se cumpre;
Que o "para sempre" sempre acaba;
Que minha família, com suas 1000 diferenças, está sempre aqui quando preciso;
Que ainda não inventaram nada melhor que colo de mãe desde que o mundo é mundo;
Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo;
Que vou cair e levantar milhões de vezes...
E ainda não vou ter aprendido tudo!

domingo, 26 de julho de 2009

BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

terça-feira, 21 de julho de 2009

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

A uma mulher

Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Poesia concretista-escrita por

E X T O R S Ã O M E D I A N T E S E Q U E S T R O

T R Á F I C O D E E N T O R P E C E N T E S

P R O S T I T U I Ç Ã O I N F A N T I L

L A V A G E M D E D I N H E I R O

H O M I C Í D I O D O L O S O

C O N T R A B A N D O

I M P U N I D A D E

C O R R U P Ç Ã O

E D U C A Ç Ã O


por que será que a educação esta em ultimo lugar?

Nosso Cerebro

O nosso cérebro é fantástico !!! De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem asLteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.
Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.
Sohw de bloa.
Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a seu cérebro leia corretamente o que está escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Glossário do texto "Dias de sombra, dias de luz"

algoz= (ô)
s. m.
1. Designação oficial do carrasco.
2. Fig. Verdugo, homem cruel

ambivalente=(ambi- + valente)
adj. 2 gén.
1. Que é dotado de ambivalência.
2. Que tem dois valores diferente

antinomia=s. f.
Contradição entre leis (e, por extensão, entre pessoas ou coisas).

disforme=adj. 2 gén.
Muito grande; monstruoso; desproporcionado.

encastelados=v. tr.
1. Fortificar (com castelo). 2. Meter em castelo. 3. Amontoar. 4. Pôr em lugar alto.
v. intr. 5. Elevar-se (a ave ferida de morte).
v. pron. 6. Encerrar-se. 7. Estribar-se; amontoar-se. -se.

introjetar=v. tr.
1. Fazer entrar; meter.
2. Intercalar.
v. pron.
3. Meter-se de permeio.
4. Meter-se onde não se é chamado.

leniente=adj. 2 gén. s. m.
Lenitivo.-adj.
1. Que acalma, que adoça.
s. m.
2. Lenimento; laxante.
3. Fig. Alívio; consolação.

passional=adj. 2 gén.
1. Relativo a paixão.
2. Motivado pela paixão e particularmente pela do amor.
s. m.
3. Passionário.

secular=adj. 2 gén.
1. Relativo a século.
2. Que se repete de cem em cem anos.
3. Que dura há muitos séculos, que é muito antigo.
4. Civil; mundano.
s. m.
5. Leigo; aquele que não está sujeito a nenhuma ordem religiosa.
Braço secular: a justiça civil.

vampiresca=adj.
Que tem o carácter!, a avidez do vampiro.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Sebastião

Wilmar Gama de Souza
Nasci desta cor, não fui eu que escolhi, 
Não pedi pra ser preto, não dependeu de mim; 
Foi a mãe natureza quem fez a escolha, a opção; 
Podia ter sido você, já pensou nisso, por que não?
Pois me chamam “negão,” “tição,” até mesmo de “carvão”, 
Uns nem se incomodam de meu nome não saber, 
Pra que nome? 
Se apelido é mais fácil, difícil esquecer.
Vivo e convivo com as piadas, a gozação sem sentido para mim, 
Sem motivo para eles, apenas diversão.
Destas pessoas sem brios, sem alma, nem coração.
Pois sou negro nato, não sou mulato, sou puro de pai e mãe, 
Descendentes do Sudão, sou preto e sem preconceito, 
goste de mim quem quiser, 
Me faça entender você que ainda não sabe o que quer, 
Que vive em um passado que há muito já se foi, 
Um tempo de desgraças, de aflição do meu povo.
Agora, grito de novo suplicando liberdade, 
procurando nas pessoas, 
Os traços da igualdade
Que fazem de uma Nação sua força, seu patrimônio. 
O povo, o ser Humano.
Tanto faz a cor que tem, pois é a ele que convém 
Escrever a sua história e a mudá-la também.
Cabe-nos, porém, mudar todo este conceito, 
Para que nem nas piadas esbraveje o preconceito fantasiado de alegria, 
Demonstrando a hipocrisia que o povo ainda tem.
Sou negão, não sou mulato, sou negro nato e meu nome é...

Discurso de Deus a Eva



Millôr Fernandes


"... Eva, de repente, descobrindo uma bela cascata, resolveu tomar um banho de rio.  A criação inteira veio então espiar aquela coisa linda que ninguém conhecia.  E quando Eva saiu do banho, toda molhada, naquele mundo inaugural, naquela manhã primeval, estava realmente tão maravilhosa que os anjos, arcanjos e querubins, ao verem a primeira mulher nua sobre a Terra, não se contiveram, começaram a bater palmas e a gritar, entusiasmados: "O AUTOR! O AUTOR! O AUTOR!".

"P.S. - Este discurso do Todo-Poderoso está sendo divulgado pela primeira vez em todos os tempos, aqui neste livro.  Nunca foi publicado antes, nem mesmo pelo seu órgão oficial, A BÍBLIA."


"Minha cara,

eu te criei porque o mundo estava meio vazio, e o homem, solitário. O Paraíso era perfeito e, portanto, sem futuro. As árvores, ninguém para criticá-las; os jardins, ninguém para modificá-los; as cobras, ninguém para ouvi-las. Foi por isso que eu te fiz. Ele nem percebeu e custará os séculos para percebê-lo. É lento, o homenzinho. Mas, hás de compreender, foi a primeira criatura humana que fiz em toda a minha vida. Tive que usar argila, material precário, embora maleável. Já em ti usei a cartilagem de Adão, matéria mais difícil de trabalhar, mais teimosa, porém mais nobre. Caprichei em tuas cordas vocais, poderás falar mais, e mais suavemente. Teu corpo é mais bem acabado, mais liso, mais redondo, mais móvel, e nele coloquei alguns detalhes que, penso, vão fazer muito sucesso pelos tempos a fora. Olha Adão enquanto dorme; é teu. Ele pensara que és dele. Tu o dominarás sempre. Como escrava, como mãe, como mulher, concubina, vizinha, mulher do vizinho. Os deuses, meus descendentes; os profetas, meus public-relations, os legisladores, meus advogados; proibir-te-ão como luxúria, como adultério, como crime, e até como atentado ao pudor! Mas eles próprios não resistirão e chorarão como santos depois de pecarem contigo; como hereges, depois de, nos teus braços, negarem as próprias crenças; como traidores, depois de modificarem a Lei para servir-te. E tu, só de meneios, viverás.

Nasces sábia, na certeza de todos os teus recursos, enquanto o Homem, rude e primário, terá que se esforçar a vida inteira para adquirir um pouco de bens que depositará humildemente no teu leito. Vai! Quando perguntei a ele se queria uma Mulher, e lhe expliquei que era um prazer acima de todos os outros, ele perguntou se era um banho de rio ainda melhor. Eu ri. O homem e um simplório. Ou um cínico. Ainda não o entendi bem, eu que o fiz, imagina agora os seus semelhantes.

Olha, ele acorda. Vai. Dá-me um beijo e vai. Hmmmm, eu não pensava que fosse tão bom. Hmmmm, ótimol Vai, vai! Não é a mim que você deve tentar, menina! Vai, ele acorda. Vem vindo para cá. Olha a cara de espanto que faz. Sorri! Ah, eu vou me divertir muito nestes próximos séculos!"


Texto extraído do livro
 "Esta é a verdadeira história do Paraíso", Livraria Francisco Alves Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. s/nº.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Minidicionário inglês - Português

01. AGREE: Um tipo de doce. Ex.: "Hoje eu quero molho AGREE-doce"
02. BEACH: Homem afeminado. Ex.: "Ele é meio beach."
03. BEGIN: Buraquinho que todos tem na barriga. Ex.: "Meu begin é pequeno."
04. BITE: Agredir. Ex.: "Ele sempre bite nela."
05. BROUGHT: Pessoa jovem. Ex.: "Ela é um brought."
06. CAN: Pergunta feita por quem tem amnésia. Ex.: "Can sou eu?"
07. CAN'T: Antônimo de frio. Ex.: "O café está can't."
08. CHEESE: Antepenúltima letra do alfabeto. Ex.: "Exemplo se escreve com cheese."
09. COFFEE: Onomatopéia que representa tosse. Ex.: "Coffee, coffee."
10. CREAM: Ato penal que pode levar à cadeia. Ex.: "Ele cometeu um cream."
11. DARK: Palavra de famoso provérbio: "É melhor dark receber."
12. DATE: Deitar. Ex.: "Date-se ai'."
13. DAY: Dar. Ex.: "Day um presente para ele."
14. DICK: Começo de uma música brega: "Dick vale o céu azul e o sol sempre a brilhar..."
15. EDUCATION: Parte do rosto. Ex.: "Este cravo eu tirei education."
16. ELEVEN: Erguer. Ex.: "Eleven até esta altura."
17. EYE: Interjeição de dor. Ex.:"Eye! Que dor de cabeça!"
18. FAIL: Antônimo de bonito. Ex.: "Ele é fail."
19. FEEL: Barbante. Ex.: "Me dê este feel para amarrar o pacote."
20. FOURTEEN: Homem baixo e forte: "Não mexe com ele, ele é bem fourteen"
21. FRENCH: Dianteiro. Ex.: "Ele saiu na french."
22. GOOD: Bolinha de vidro, birosca. Ex.: "Ele gosta de jogar bolinha de good."
23. HAIR: Uma das marchas de um veículo automotor. Ex.: "Ele engatou a hair."
24. HAND: Render. Ex.: "Voce se hand?"
25. HAT: Antônimo de TURTLE. Ex.: "Ele não consegue traçar uma linha hat."
26. HELLO: Esbarrar. Ex.: "Ele hello o braço na parede."
27. ICE: Expressão de desejo. Ex.: "Ice ela me desse bola..."
28. LABEL: Parte de fora da boca. Ex.: "Ela passou batom no label."
29. LAY: Norma a ser seguida. Ex.: "Roubar é contra a lay."
30. MAY GO: Pessoa dócil, afável. Ex.: "Ele é muito may go."
31. MISTER: Sanduíche de queijo e presunto. Ex.: "Eu gosto de mister can't."
32. MONDAY: Ordenar. Ex.: "Ontem monday lavar o carro."
33. MORNING: Nem quente nem frio. Ex.: "Meu café está morning."
34. MUST GO: Conjugação do verbo MASTIGAR. Ex.: "Ele colocou o chiclete na boca e must go."
35. NEVER: Flocos de gelo que caem no inverno. Ex.: "É divertido fazer bonecos de never.
36. NEW: Sem roupa. Ex.: "Ele saiu new de casa."
37. PACKER: Prefixo que indica bastante. Ex.: "Eu gosto dela packer-amba."
38. PAINT: Artefato usado para pentear o cabelo. Ex.: "Me empresta o paint."
39. TEN: Conjugação do verbo POSSUIR. Ex.: "Ele não ten casa própria."
40. PART: Lugar para onde mandamos as pessoas indesejadas. Ex.: "Vá para o raio que o part."
41. QUICK: Instrumento musical. Ex.: "Gosto de tocar quick."
42. RIVER: Superlativo: Pior que feio. Ex.: "Ele é o river."
43. SAD: Sentimento de secura na boca. Ex.: "No deserto as pessoas sentem sad."
44. SAY YOU: Parte da anatomia feminina. Ex.: "Os say you daquela mulher são grandes."
45. SHOOT: Agressão física covarde. Ex.: "Dei um shoot nele."
46. SHOW: Presente indicativo do verbo SER. Ex.: "Eu show eu."
47. SOCCER: Mais uma agressão física. Ex.: "Dei um soccer nele."
48. SOMEWHERE: Nome usado no interior. Ex.: "O Somewhere é irmão do Manuer."
49. STOCK CAR: Guardar materiais em estoque. Ex.: "Preciso stock car óleo."
50. TALK: Pó branco para usar em crianças. Ex.: "O melhor talk é o Johnson's."
51. THE SMITHS: Mandar embora. Ex.: "O patrão the smiths quem não trabalha."
52. TO SEE: O mesmo que coffee. Ex.: "Eu nunca to see tanto na vida."
53. TOO MUCH: Fruto vermelho de fazer salada ou molho. Ex.: "Eu quero molho de too much
54. TURTLE: Antônimo de HAT. Ex.: "Bêbado só anda turtle."
55. VAIN: Uma das flexões do verbo VIR. Ex.: "Eles vain hoje?"
56. VASE: Jogada. Ex.: "Agora é a minha vase!"
57. YEAR: Deixar, partir. Ex.: "Ela teve que year?"
58. YELLOW: Com ela, junto com ela. Ex.: "Saímos eu yellow."

Expressoes idiomáticas

59.A hot day: Tradução: arrotei
60.Apple pie: Tradução: É pro pai
61.Backup: Tradução: Zagueiro que está em pé
62.Born to lose: Tradução: Nascido em Toulouse
63.On Jack's tall back: Tradução: Aonde está o Zagueiro?
64.Past tell the palm me too: Tradução: Pastel de palmito
65.Put a keep at you: Tradução: Put* que pari*
66.She is wonderful: Tradução: queijo de ótima qualidade
67.She is cute: Tradução: ela escuta
68.The boy is behind the door: Tradução: O boi está berrando de dor
69.Up to Date: Tradução: Levante-se para eu deitar
70.US Mail: Tradução: Região central dos Estados Unidos
71.Yellow river: Tradução: Ela é horrível!

72.Pay Day: Expressão honesta mais nada agradável

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Carta aos Professores

Eunápolis - Bahia, 17 de Maio de 2009

Querido Professor,

Gostaria de agradecer a você por ter me ajudado a dar os meus primeiros passos na vida escolar, você me ensinou a ler, escrever a somar e a subtrair.

Você estava lá sempre me apoiando nos deveres e me ensinado a superar os meus limites, lembro da primeira poesia que eu li, eu engasgava, gaguejava, soletrava era horrível, mas você tava lá me elogiando, muito bem, foi ótimo, adorei. Eu não entendia como você gostava daqueles riscos que eu fazia e ainda falava que estavam lindos.

Nós passamos muitas horas juntos e foram horas e horas que passei sentado em uma cadeira, ás vezes desconfortável, ou entediado, cansado, ou simplesmente sem saco para assistir uma aula, ás vezes eu confesso que cutucava o colega do lado puxava um papinho e ia chegando mais gente na conversa e ai a sala já tava naquela bagunça, mas você professor estava lá pra ler o beabá pra nos.

Nossa como eu ficara com raiva quando você me dava aquele sermão que eu ficava sem palavras, peço desculpas e confesso que quando você virava as costas eu te xingava até o ultimo fio de cabelo, eu fazia isso porque eu não entendia o porque de você falar tudo aquilo pra mim, eu achava que era porque você não gostava de mim e por isso vivia de marcação.

Agora eu entendo que se você me marcava não era porque você não gostava de mim, mas porque você queria que eu aprendesse aquele assunto que eu iria precisar lá na frente. Muito obrigado professor por ter dividido o seu conhecimento e gastado o seu tempo comigo.

Atenciosamente,

Fabio Santos

sábado, 4 de abril de 2009

Literatura - Escrita

Autopsicografia (Fenrando Pessoa)

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 

E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 

E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração.

Lingua

Lamento para a Língua Portuguesa (Vasco Graça Moura)
Não és mais do que as outras, mas és nossa, 
e crescemos em ti. nem se imagina 
que alguma vez uma outra língua possa 
pôr-te incolor, ou inodora, insossa, 
ser remédio brutal, mera aspirina, 
ou tirar-nos de vez de alguma fossa, 
ou dar-nos vida nova e repentina. 
mas é o teu país que te destroça, 
o teu próprio país quer-te esquecer 
e a sua condição te contamina 
e no seu dia-a-dia te assassina. 
mostras por ti o que lhe vais fazer: 
vai-se por cá mingando e desistindo, 
e desde ti nos deitas a perder 
e fazes com que fuja o teu poder 
enquanto o mundo vai de nós fugindo: 
ruiu a casa que és do nosso ser 
e este anda por isso desavindo 
connosco, no sentir e no entender, 
mas sem que a desavença nos importe 
nós já falamos nem sequer fingindo 
que só ruínas vamos repetindo. 
talvez seja o processo ou o desnorte 
que mostra como é realidade 
a relação da língua com a morte, 
o nó que faz com ela e que entrecorte 
a corrente da vida na cidade. 
mais valia que fossem de outra sorte 
em cada um a força da vontade 
e tão filosofais melancolias 
nessa escusada busca da verdade, 
e que a ti nos prendesse melhor grade. 
bem que ao longo do tempo ensurdecias, 
nublando-se entre nós os teus cristais, 
e entre gentes remotas descobrias 
o que não eram notas tropicais 
mas coisas tuas que não tinhas mais, 
perdidas no enredar das nossas vias 
por desvairados, lúgubres sinais, 
mísera sorte, estranha condição, 
mas cá e lá do que eras tu te esvais, 
por ser combate de armas desiguais. 
matam-te a casa, a escola, a profissão, 
a técnica, a ciência, a propaganda, 
o discurso político, a paixão 
de estranhas novidades, a ciranda 
de violência alvar que não abranda 
entre rádios, jornais, televisão. 
e toda a gente o diz, mesmo essa que anda 
por tal degradação tão mais feliz 
que o repete por luxo e não comanda, 
com o bafo de hienas dos covis, 
mais que uma vela vã nos ventos panda 
cheia do podre cheiro a que tresanda. 
foste memória, música e matriz 
de um áspero combate: apreender 
e dominar o mundo e as mais subtis 
equações em que é igual a xis 
qualquer das dimensões do conhecer, 
dizer de amor e morte, e a quem quis 
e soube utilizar-te, do viver, 
do mais simples viver quotidiano, 
de ilusões e silêncios, desengano, 
sombras e luz, risadas e prazer 
e dor e sofrimento, e de ano a ano, 
passarem aves, ceifas, estações, 
o trabalho, o sossego, o tempo insano 
do sobressalto a vir a todo o pano, 
e bonanças também e tais razões 
que no mundo costumam suceder 
e deslumbram na só variedade 
de seu modo, lugar e qualidade, 
e coisas certas, inexactidões, 
venturas, infortúnios, cativeiros, 
e paisagens e luas e monções, 
e os caminhos da terra a percorrer, 
e arados, atrelagens e veleiros, 
pedacinhos de conchas, verde jade, 
doces luminescências e luzeiros, 
que podias dizer e desdizer 
no teu corpo de tempo e liberdade. 
agora que és refugo e cicatriz 
esperança nenhuma hás-de manter: 
o teu próprio domínio foi proscrito, 
laje de lousa gasta em que algum giz 
se esborratou informe em borrões vis. 
de assim acontecer, ficou-te o mito 
de haver milhões que te uivam triunfantes 
na raiva e na oração, no amor, no grito 
de desespero, mas foi noutro atrito 
que tu partiste até as próprias jantes 
nos estradões da história: estava escrito 
que iam desconjuntar-te os teus falantes 
na terra em que nasceste, eu acredito 
que te fizeram avaria grossa. 
não rodarás nas rotas como dantes, 
quer murmures, escrevas, fales, cantes, 
mas apesar de tudo ainda és nossa, 
e crescemos em ti. nem imaginas 
que alguma vez uma outra língua possa 
pôr-te incolor, ou inodora, insossa, 
ser remédio brutal, vãs aspirinas, 
ou tirar-nos de vez de alguma fossa, 
ou dar-nos vidas novas repentinas. 
enredada em vilezas, ódios, troça, 
no teu próprio país te contaminas 
e é dele essa miséria que te roça. 
mas com o que te resta me iluminas

Linguagem

Som da Linguagem (Gastão Cuz)

Por vezes reaprendo 
o som inesquecível da linguagem 
Há muito desligadas 
formam frases instáveis as 

palavras 
Aos excessos do céu cede o silêncio 
as constelações caem vitimadas 
pelo eco da fala